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idiossincrasia

embarco novamente em uma viagem entre dois mundos separados por um vasto oceano de turbulentas águas

sou a cópia imperfeita de um Capitão e navego para encontrar minha essência mas o vento sempre me empurra de volta à praia da qual parti

a essência parece estar tão longe quanto o pôr-do-sol longe onde as águas parecem acabar do lado de cá, o real além-mar, o ideal

na outra margem não existe a Lei que aqui me protege da morte e tira-me a vida todos os dias

a rota que traço para o mundo das ideias é sensível e cheia de odisseias singro águas que não me agradam porque não traço o bom caminho que quero mas o mal que não quero esse faço estou cansado das utopias que insisto em desejar velejo num barco de ideias que no mar da práxis continua a naufragar

[a bordo há tanto peso]

uma cruz me serve de mastro mas não consigo carregá-la

lancei ao mar algumas pessoas para levar outras talvez não seja do tamanho do que eu vejo mas do tamanho de meu reflexo nas águas deste mar pragmático

 
 

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