escrevi palavras joguei-as ao vento na esperança de que uma delas te atingisse palavras concretas doces e até invisíveis você saiu ilesa desviou de todas elas escrevi dentro de cadernos de poemas de guardanapos até dentro de fotografias tudo para chamar sua atenção atirei poesias com ímpeto ao ar e em sua direção você livre dançava em céu aberto nenhum verso te atingiu espalhei poemas pela janela enquanto chovia você sempre quente mas seca como um sertão escrevi metáforas mentiras e verdades escrevi com gotas de chuva na janela de um ônibus entre as espumas de um café nas figuras nas nuvens e nas areias de mar as ondas engoliram as palavras a esperança o número de seu telefone eu engoli meus cadernos passei a escrever apenas sobre meus segredos
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