no campo de guerra da existência travam-se lutas para sobreviver
o soldado é o outro e o próprio eu que lutam para não apenas existir
quantas vezes a bala atingiu o coração de alguém? quantas vezes a mente tornou-se sua própria refém?
ora traumas protegem de perigos ora criam seus próprios inimigos fere-se e é ferido ama-se e é desiludido
o soldado que atira e acerta a lágrima do olhar é o mesmo que anos depois vê seu riso calar
uma guerra interna é declarada quando se cega e quando se erra
[e quando a esperança se encerra?]
abaixam-se as armas, finda-se a batalha mas não há medalha ao vencedor nem bandeira branca de paz
o sorriso é levado todos os dias ao paredão de fuzilamento lá, armas frias transformam riso em choro e lamento por estar em vida e mesmo assim à morte ceder