eu sou aquele baralho com uma carta faltando a incerteza de um espelho rachado entre o sim e o não sou um filhote de jabuti que morre nas areias de aracaju antes de chegar ao mar eu sou uma criança crescida que esqueceu de brincar a adolescente feia que se veste pros outros nunca pra si o registro de um nome sem história eu sou um poeta estrangeiro com saudade de sua língua materna um guarda-chuva que se quebra no primeiro vendaval sou um copo prestes a transbordar mas vive no quase cheio quase vazio sempre quase eu sou a ponta do lápis que se quebra antes de completar o último verso a ponta que quase escreveu um poema
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